sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

XI - A Força

Uma mulher de pé com as mãos abre as mandíbulas de um leão. Está de lado  a três quartos e olha para a direita. O leão está de perfil ao lado dela.
A mão direita da mulher está pousada no focinho do leão enquanto que a direita está a segurar a mandíbula inferior.
Ela veste de azul com um manto de cor vermelha.
Na cabeça ela tem o mesmo chapéu de O Mago, que é em forma de ansata, símbolo do infinito, do para além do numerável.
Ao fundo do corpo aparece o pé da figuura feminina normalmente calçando uma sandália.
Em termos de cenário a carta é um pouco despida, aparece com uma cor branca, sem terra ou outro elemento semelhante.
A força demonstrada não é uma força brutal, a mulher gentilmente abre a boca ao animal, símbolo que existe um domínio, uma harmonia  entre as forças vitais, entre o instinto animal e a mente racional do ser humano.
A mulher não força o animal mas detém o seu poder, usa-o para demonstração das suas capacidades. O leão é o impulso do instinto em nós, a nossa capacidade de sobrevivência sem olhar para o racional ou para o emocional que é amansado pela mulher que o domina. O desafio que aqui aparece é a capacidade de cada um de nós tem em não deixar que os factores externos influenciem demasiado a nossa vida, mas antes seja conseguido um controlo da situação.

A Força. Tarot Romantico Vitoriano.
Em termos mentais, a carta inspira confiança, coragem, grande agudeza para distinguir o verdadeiro e o falso, o útil e inútil. Excelente fase para a pessoa se avaliar e perceber como é para se dominar e ter controlo sobre os seus instintos. A carta tem toda a força do fogo do signo de Leão para conduzir um grupo de pessoas por razões plenamente aceitáveis e não tanto ditatoriais. O lado ditatorial, tal como acontece na carta O Imperador, é mostrado quando a pessoa pretende usar a sua força contra os outros e a carta manifesta a sua negatividade.
A nível emocional a carta tem paixão acesa. Não uma paixão de adolescente mal consegue digerir as emoções, mas a ideia de uma mulher cheia de amor que está decidida a casar-se e sabe como seduzir o marido para abraçar essa ideia. Também indica uma mãe que faz tudo o que pode para lutar pelos filhos, qual mãe ursa.
No plano físico existe uma possibilidade de lucros em situações empresariais uma vez que existe um domínio sobre os problemas. Eu estou prevenido, por isso todos os problemas que surgem eu lido com eles. A necessidade de um suporte jurídico é importante para poder assegurar o futuro. Em caso de pessoas empregadas, é caso para poder fazer valer os direitos com cabeça, tronco e membros.
Quando a carta está virada, a pessoa tende a serr violenta, agressiva, ou perder o controlo das situações pelos factores externos. A força da própria pessoa é aniquilada pela exposição que faz da força e de uma segurança excessivas que supõe ter ou supõe ser eterna. O humor da pessoa fica mais amargo e pode-se tornar menos sociável por os outros se afastarem de si. Em termos de saúde, pode implicar uma intervenção cirúrgica cujo prognóstico é incerto. A energia da pessoa é completamente virada do avesso.

A Luxúria. Tarot de Thoth.
Crowley começa por dizer que o nome da  carta não devia ser A Força como é habitual nos tarot tradicionais, mas antes A Luxúria.
A carta é atribuída ao signo Leão, correspondente ao Kerub do Fogo e regido pelo Sol. Ele diz ser a mais poderosa de todas as cartas que apareceram no caminho de O Louco até aqui. O domínio total a ser atingido é um teste imenso.
Esta carta representa o casamento alquímico como ocorre na natureza, na carnalidade do acto, na consumação da relação entre o masculino e o feminino por oposição à forma mais refinada e humana ocorrida em Os Amantes.
Este é o ponto em que a mulher elevada como o elemento que leva à produção de um herói, como aquela que irá ser mãe e neste momento abriu o seu ninho para aconher a semente da besta que vai gerar um Héracles ou um Aquiles no seu interior. Esta é a carta que representa a Grande Babilónia não como fonte de pecado, mas como o grande útero da humanidade. Representa a Virgem que recebe do Espírito Santo a semente do Salvador.
Além da mulher existe a criatura que é semelhante a um leão e a uma serpente. Teth (a letra correspondente) significa serpente que deu à mulher o conhecimento do Bem e do Mal. Sem ele não seríamos completamente responsáveis pelos nossos actos.
A mão esqueda da mulher segura a rédia da besta que é o elo que os une aos dois. Pela mão esquerda, pelo lado da severidade. Na mão direita, a mão da misericórdia ergue ela o Santo Graal cheio de amor e morte como o nascimento do sol que rege a carta
A mulher parece um pouco ébria. O leão está inflamado de Luxúria. Isto é símbolo de o que foi a energia descrita é criadora primitiva que é independente da crítica da razão. Sob a figura existem as imagens dos santos sob quem caminha o leão e a energia destes Santos foi absorvida pelo Santo Graal.
Atrás da figura central existem dez círculos fulgentes que são as Sephiroth não ordenadas porque o Novo Aeon exige um novo sistema de classificação do universo.
No alto da figura saem as novas imagens da besta que são as serpentes devoradoras do antigo e recriar o novo.

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