terça-feira, 26 de novembro de 2013

II - A Papisa

Esta lâmina é também designada de A Sacerdotisa, a Alta Sacerdotisa. É representada por uma mulher sentada com um livro ao colo aberto, uma coroa tripla sobre a cabeça. Ela olha para a esquerda.
A personagem veste uma túnica azul e por cima tem um manto vermelho. Estará sentada num trono que não se vê, tão pouco os seus pés, cabelo, assim como a estrutura que suporta o véu que tem atrás de si.
Por cima de si tem uma coroa com três camadas decorada com florões. Um pequeno detalhe que passa quase despercebido é a ponta da coroa ultrapassar o limite da carta. um aspecto que apenas ocorre no Arcano XXI - O Mundo.
O facto de a carta apresentar muitos aspectos ocultos indica o próprio significado da carta. O oculto. O desafio de ver para além do que está à vista. Esta figura prepresenta a Grande Mãe, a protectora da Magia e é por vezes associada à imagem de uma Grande Feiticeira ou Grande Bruxa. A personagem deriva da figura histórica da Papisa Joana que foi por muitos ocultada da história por ser um incidente, por ter sido alguém de um grande conhecimento profundo. Esta é a representação do poder feminino, do poder lunar que sabe o que quer, mas que tem a sabedoria para chegar a ele.
Sobre o peito tem três cruzes, símbolo da plenitude, da verdade.

A Papisa. Tarot Egípcio.
A nível mental e intelectual esta carta está relacionada com a capacidade de responder a questões concretas melhor que a questões vagas. Indica uma grande riqueza de ideias porque o seu livro inclui todas as regras da Natureza que o seu poder detém. Ela indica também que mais que apreender o sentido oculto das coisas o aproveita para trazer magia à sua vida. A realização de rituais é favorável sob esta certa. A imaginação criativa não é tanto desenvolvida. O que se trata nesta carta é sabedoria prática, senso comum, conhecimento tradicional transmitido de geração em geração e que a sacerdotiza colocou no livro para ser usado quando quer ou para o ensinar a discípulos.
Em termos emocionais é reservada. Ela pode receber muito bem todas as pessoas, pode ser optima conselheira, mas a verdade é que não se relaciona emocionalmente. Estabeleceu um compromisso com o seu conhecimento que vai para além do mundano. Ela é virgem por assim se querer a entender os Grandes Mistérios.
No plano físico tem-se a situação controlada, existiu um planeamento das coisas e pode-se agarrar o destino dos acontecimentos. Existe a possibilidade de revelação de situações ocultas para a verdade ou um triunfo do bem sobre o mal. O mesmo se verifica na saúde, a carta simboliza uma recuperação lenta e demorada.
Quando a lâmina está desvirada existe hipocrisia, segundas intensões na situação em causa. Existe a possibilidade de inação, ou mesmo de um fanatismo religioso e desconfiança permanentes. A realização dos projectos em mente são atrasados. Existe rancor acumulado que não se mannifesta, mas é guardado e afasta as pessoas próximas. Não existem conflitos, mas distanciação.

A Sacerdotisa. Tarot de Crowley.
No baralho de Crowley a carta é apresaentada de outra maneira. Tal como acontece com O Mago, A Sacerdotisa é apresentada de pé com meia hipérbole à sua frente que é uma representação da associação da carta com a Lua, o correspondente astrológico. Na frente da carta em baixo aparece um camelo em referência a Gimel, correspondente letra hebraica. A figura feminina apaarece como uma estátua em cima de um pedrestral que indida a altivez da figura e sua importância para o divino.
A carta está também associada a Artemisa, a deusa virgem da caça que se esconde atrás do seu véu de luz e que o próprio vislumbrar do seu corpo se pode tornar um perigo como aconteceu com Acteon que foi convertido em veado e devorado pelos seus próprios cães. A carta apresenta uma definição do plano depois de em O Mago ter sido definida a linha.
Existe também uma grannde quantidade de alimentos no fundo da carta que indicam uma referência ao início da vida.

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